sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Música e Adoração – Artigos

música e adoração (2)

Artigos sobre música, formas da liturgia, instrumentos, ritmo, dança, palmas, etc…extraídos do site adventista Música & Adoração.

Os artigos nesta seção tentam responder às seguintes questões:

Como deve ser a forma da verdadeira adoração?
Existe certo e errado neste assunto?

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Artigo Especial:

- Panorama Atual da Música Religiosa – Parte I – Dr. Harold Lickey
- Panorama Atual da Música Religiosa – Parte II – Dr. Harold Lickey

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- 12 Razões Para Repudiarmos Palmas, Ritmos, Danças e etc. – Hélio de Menezes Silva
- A Arte e o Culto – Gerson Pires Araújo
- A Bateria à Luz da Antropologia e da Bíblia – Vanderlei Dorneles
- A Crise de Identidade Adventista: Uma Visão da Música de Adoração – Dr. Samuele Bacchiocchi
- A Dança na Adoração à Luz da Bíblia – Levi de Paula Tavares
- A Demusicalização da Igreja – Márcia Graner
- A Dualidade Divina para a Música e Adoração – Adrian Theodor
- A Escolha da Música é Realmente Importante? – Marvin L. Robertson
- A Igreja Automática – Osmar Santos
- A Importância da Música na Igreja
- A Influência da Música – Ronaldo Bezerra
- A Música Aceitável a Deus – Dr. W. Robert Godfrey
- A Música Coral no Culto
- A Música Coral no Culto – Jael Enéas
- A Música da Nova Era – Levi Tavares, Elias Tavares e Adrian Theodor
- A Música de Adoração nas Igrejas Evangélicas – Lucivaldo Medeiro Brandão
- A Música de Deus – Pr. Cláudio Hirle
- A Música de Deus – Luiz Antonio Ferraz
- A Música e o Fim do Tempo da Graça – Luzes da Alvorada Produções
- A Música e os Eventos Finais – Marcello Flores
- A Música na Igreja – Parcival Módolo
- A Música na Igreja – Prof. Sikberto R. Marks
- A Música na Igreja – Vandir Rudolfo Schaffer
- A Música na Igreja de Cristo – Walter Andrade Campelo
- A Musica na Igreja de Hoje – João Wilson Faustini
- A Música na Reunião Campal de Indiana
- A Música nas Horas de Culto – Hugo Dario Riffel
- A Música no Culto – João Wilson Faustini
- A Música nos Cultos da Igreja – Ellen G. White
- A Música no Grande Conflito entre Cristo e Satanás – Carlos A. Steger
- A Música no Serviço Religioso – Ana Ruth Lust
- A Música Sacra de “Ontem” – Bom Exemplo para “Hoje” – Alexandre Reichert Filho
- A Música Sacra Dentro da Cosmovisão Adventista – Parte 1 – Pr. Douglas Reis
- A Música Sacra Dentro da Cosmovisão Adventista – Parte 2 – Pr. Douglas Reis
- A Música Sacra Dentro da Cosmovisão Adventista – Parte 3 – Pr. Douglas Reis
- A Música Sacra Dentro da Cosmovisão Adventista – Parte 4 – Pr. Douglas Reis
- A Situação Atual da Musica na Igreja – Kenneth H. Wood
- A Tensão Entre Tradição e Contemporaneidade no Contexto da Reforma – Denise Cordeiro de Souza Frederico
- A Teologia do Culto Reformado
- A Verdadeira Música Cristã – C. H. Fisher
- Algumas Importantes Observações Quanto à Música – Gilberto Theiss
- Antes que Seja Tarde Demais – Ricardo Gondim
- Apascentando Ovelhas ou Entretendo Bodes – C.H.Spurgeon
- Aplausos Na Igreja Adventista – Lee Roy Holmes
- Artimanhas Evangelísticas: A Loucura da Pregação ou a Pregação da Loucura – Samuel Koranteng-Pipim
- As Influências do Culto do Antigo Testamento na Liturgia – Gerard Van Groningen
- As Novas Tendências Evangelísticas e Uma Análise de Sua Influência Musical – Pr. Douglas Reis
- Bater Palmas no Culto – Brian S. Neumann
- Bater Palmas e as Escrituras – Ludgero Morais
- Batuque à Beira-Mar – Adrian Theodor
- Calvino e a Adoração Comunitária – Rev. Ricardo Moura Lopes
- Calvino e a Música – João Wilson Faustini
- Canção Cristã e Cultura Brasileira – Joêzer Mendonça
- Cantai ao Senhor – Enoch de Oliveira
- Cantando no Culto
- Características da Música Sacra Segundo a Bíblia – Jean R. Habkost
- Critérios Para a Escolha da Boa Música – Pr. Erton Köhler
- Concerto de Música Sacra, “Não Farás para Ti” – Manoel Canuto
- Como Adoraremos? – Lilianne Doukhan
- Como Deve Ser a Música na Igreja – Rubens Lessa
- Como Surgiu a “Música Cristã Contemporânea” – Louis R. Torres
- Considerações para a Avaliação da Música na Igreja: Uma Abordagem Bíblica – Vernon E. Andrews
- Cultura: A Fé Cristã é Contra, ou A Favor? – F. Solano Portela Neto
- Cultura, Música e Princípios do Reino de Deus – Valdeci Júnior e Marcos Alves
- Dança na Bíblia – Samuele Bacchiocchi
- “Dançar Perante o Senhor” – Um Testemunho Pessoal – Mônica Camargo
- Davi nos Aprova a Dança? – Adrian Theodor
- Decibéis e Fé – Francisco Lemos
- Devemos Dançar? – O. E. Allison
- Deveria a Música Sacra Ser Autêntica? – Eduardo Solá
- Deus é Musical? – Pr. Adhemar de Campos
- Ênfase e Efeitos da Música Religiosa – Pr. Gérson Jorge Quiles
- Estilos Adventistas de Culto – Bert B. Beach
- Eu Quero A Religião Show! – John. F. MacArthur
- Existe Música Sacra? – Harold B. Hannum
- Fazendo dos Ensaios uma Benção – Ramon Tessman
- Fogo Estranho na Adoração – Pr. Paulo Cilas da Silva
- Fogo Estranho Diante do Altar – Gerson Pires de Araújo
- Fogo na Igreja – Lloyd Grolimund
- Harmonia ou Ruídos Estridentes? – Cláudio Belz
- Jogando Dominó – Parábola de um Cristianismo Lúdico – Gilson Santos
- Letra e Música – Levi de Paula Tavares
- Limites e Equilíbrio – Sabino
- Liturgia Pentecostal Rompe Barreiras entre o Religioso e o Popular – Vanderlei Dorneles
- Louvor e Poluição Sonora – Damy Ferreira
- Louvor Hoje – Elias R. de Oliveira
- Melodia, Ritmo e Harmonia – Pr. Jorge Mário de Oliveira
- Metais, Cordas e Percussão? – Dr. Peter Masters
- Música – Orar é Tudo? – Malton Lindquist
- Música – Ouvir Não Basta! – Ivair Augusto Costa
- Música Cristã, Sagrada ou Secular? – Dra. Eurydice V. Osterman
- Música Durante a Oração? – Keneth H. Wood
- Música Evangélica com Ritmos Populares – Rolando de Nassau
- Música: Explicatio Textus, Prædicatio Sonora – Parcival Módolo
- Música Gospel: Padrão de Deus ou Padrao do Mundo? – Ronaldo Bezerra
- Música na Bíblia – Liliane Doukhan
- Música na IASD: Questão de Gosto? – Fábio Henrique Trovon de Carvalho
- Música na Igreja – Questão de Princípios – Elias Tavares
- Música na Igreja: Qual o Propósito – Paulo M. S. Sobrinho
- Música no Culto – A.C.G.Mataruna
- Música no Evangelismo e na Igreja – Dario Pires Araújo
- Música no Novo Testamento – Reinaldo Siqueira
- Música no Panorama Profético – Fernando Lopes de Melo
- Música para Honra e Glória de Deus – Rubens S. Lessa
- Música Para o Sábado – Elsie Landon Buck
- Música Sacra – Dicionário Oxford de Música
- Música Sacra e Música Profana: Que Músicas São Essas? – Parcival Módolo
- Música Sacra para a Igreja de Hoje – Levi de Paula Tavares
- Música Sacra Versus Popular – Dario Pires Araújo
- Música, é Só Uma Questão de Gosto? – Pr. Fernando Lopes de Melo
- Música: do Divino ao Maligno – João Wilson Faustini
- Música: Sacra ou Profana? – F. S. Crispim
- Música: Uma Questão de Gosto? – Dario Pires Araújo
- O Culto que Não Cultua a Deus – Pr. José Santana Dória
- O Cristão e a Música Contemporânea – Harold Lickey
- O Evangelho do Entretenimento – Ciro Sanches Zibordi
- O Ministério de Música
- O Papel da Música na Adoração – Elias Tavares e Levi de Paula Tavares
- O Papel de Lutero – Lutero e a Música Sacra Contemporânea – Jaime D. Bezerra
- O Problema NÃO é a Bateria – Evanildo Carvalho
- O Que Cantaremos Nós – Joel Sarli
- O Significado da Liturgia do Culto a Deus – Marisa Stabilito
- O Uso da Música “Soul” na Adoração – Adrian Theodor
- O Uso da Percussão na Adoração à Luz da Bíblia – Levi de Paula Tavares
- Observações sobre Ritmos e o “Louvor” na Liturgia – F. Solano Portela Neto
- Os Cuidados com a Música na Igreja – Rev. Adalgiso do Vale
- Os Instrumentos da Igreja – Hugo Dario Riffel
- Palavras para Dança nas Escrituras Sagradas – Pr. Jorge Mario de Oliveira
- Palmas na Igreja Adventista – Levi de Paula Tavares
- Parâmetros para a Escolha de Música Sacra – Pr. e Prof. Dario Pires de Araújo
- Por Que o Adventista Não Pode Cantar e Dançar Como Davi? – Dario P. Araújo
- Princípios da Boa Música – Eurydice V. Osterman
- Quando o Hino é “Próprio”? – E. Margaret Clarkson
- Que é Boa Música? – Milton G. Crane
- Que é Música Sacra?
- Que Princípios os Cristãos Devem Levar em Consideração na Escolha da Música? – Alberto R. Timm
- Respostas a Questões Importantes Sobre a Música Sacra – Levi de Paula Tavares
- Retorno à Adoração Bíblica – Dr. Peter Masters
- Sagrado e Profano na Religião e no Carnaval – Vanderlei Dorneles
- Sagrado ou Profano? – Parte I – Hugo Dario Riffel
- Sagrado ou Profano? – Parte II – Hugo Dario Riffel
- Satanás Disfarçou-se de CD e Entrou na Igreja! – Humberto Caputo
- Show ou Louvor? – Pastor Erton Köhler
- Shows Cristãos: Culto, Entretenimento ou Mundanismo?- Pr. Douglas Reis
- Sintonizando os Hinos com a Bíblia – C. Nolan Huizenga
- Teste da Natureza da Música – Prof. Sikberto R. Marks
- Um Templo ou um Teatro? – Charles Haddon Spurgeon
- Tradição e Contemporaneidade na Música Sacra – Denise C. S. Frederico
- Tudo ou Nada – Eliud Santos Vidale
- Uma Filosofia Bíblica da Música Cristã – Dr. Thomas Cassidy
- Uso de Bateria na Igreja – Gilberto Theiss
- Verdadeiro Louvor – Equipe de Conselheiros Bíblia Online
- Vinde e Adoremos – Enoque de Oliveira
- Worship, o Mercado e os Adventistas: Sinais do Tempo – Pr. Douglas Reis

Os Animais Irão para o Céu?

Nova Terra

Gostaria de saber o que a Bíblia diz em relação aos animais e a ressurreição, já que esta menciona que no dia do arrebatamento, apenas as pessoas escolhidas serão irão para o Céu. Os animais serão destruídos juntamente com os maus ou Deus criará outros?… Pelas perguntas devo parecer um tanto “desconfiado” em relação às atitudes de Deus, mas as faço por ignorância no assunto, tendo a certeza no meu coração que Deus é maravilhoso e apenas desperta meu interesse não como forma de descrença, mas para me tornar ciente de todos os Seus assuntos, para que possa conhecê-Lo melhor. OBRIGADO! A.S., Teresópolis, RJ.

Veja a resposta aqui

A Bíblia Ensina a Guarda do Domingo? O que Dizem as Igrejas?

—> Assembléia De Deus

    “A falta de probidade intelectual neste assunto é deveras deplorável, mas que deverá pensar o estudante confiado a respeito desta afirmação em que o sábado judaico é identificado com o domingo cristão: — ‘Depois da ressurreição de nosso Senhor, passou-se a observar o primeiro dia da semana, em vez do sétimo, como sábado, em comemoração de Sua ressurreição dos mortos’? Temos ouvido muito acerca de ficções lícitas, aqui porém temos uma ficção religiosa que ultrapassa as mais ousadas ficções lícitas… Que o sábado judaico e o domingo cristão são dois dias diferentes, está suficientemente comprovado pelo fato de que durante um longo tempo depois da morte de Jesus os cristãos observaram ambos os dias, não lhes ocorrendo confundir esses dois dias, tão pouco como a nós o confundir o natal com a festa de 4 de julho. (…) O primeiro era observado no sétimo dia, e na manhã seguinte os cristãos celebravam uma reunião simples, entregando-se depois aos diversos cuidados e prazeres do dia, como soíam fazer num outro dia qualquer.” — Extraído de “The Forum”, por J. W. Chadwick, vol. 14, p. 543–544.

Um dicionário teológico, preparado pelo teólogo Dr. Charles Buck, afirma:

    “Sábado, na língua Hebraica, significa ‘cessar’, e é o sétimo dia da semana… e devemos confessar que não há lei alguma, no Novo Testamento, com relação ao primeiro dia.” — P. 403, art. “O Sábado”.

—> Igreja Presbiteriana

Em seu livro “The Ten Commandments”, diz o presbiteriano Dr. R. W. Dale:

    “Está claro que, embora guardemos o domingo rigorosa ou devotamente, não estamos observando o sábado. (…) O sábado foi instituído por uma ordem específica e divina. Não podemos apoiar-nos em nenhuma ordem dessa natureza relacionada com a obrigação de guardar o domingo. (…) Não há, no Novo Testamento, uma única sentença indicando que estamos sujeitos a qualquer penalidade por violação à suposta santidade do domingo. No repouso dominical, não entra a lei divina.” — P. 127–129. Grifos acrescentados.

Na obra “Theology Explained and Defended”, do presbiteriano Timothy Dwight, lemos:

    “O Sábado cristão (domingo) não se encontra nas Escrituras, e não era chamado ‘o sábado’ pela igreja primitiva.” — Ed. de 1818, vol. 4, nº 107, p. 49. Grifos acrescentados.

O Dr. William D. Killen, teólogo presbiteriano de renome, afirma:

    “No intervalo entre os dias dos apóstolos e a (suposta) conversão de Constantino, a comunidade cristã mudou de aspecto… Ritos e cerimônias, das quais nem Paulo nem Pedro jamais ouviram, entraram sub-repticiamente em uso e depois reclamaram o direito de serem consideradas instituições divinas. Funções para as quais os primitivos discípulos não podiam encontrar nenhum lugar, e títulos que para eles teriam sido completamente ininteligíveis, começaram a reclamar atenção a ser chamados apostólicos.” — D. D., “The Ancient Church”, Prefácio da ed. original, p. 16.

O Dr. N. Summerbell, autor presbiteriano, faz esta declaração em sua obra “History of the Christians”:

    “Ela (a Igreja Católica) subverteu o quarto mandamento, dispensando o sábado da palavra de Deus e substituindo-o pelo domingo, como dia santificado.” — P. 418. Grifos acrescentados.

—> Igreja Batista

O Rev. Joseph Judson Taylor, famoso ministro da Igreja Batista, faz esta declaração em “The Sabbath Question”:

    “Neste ponto (o sábado) o ensinamento da Palavra tem sido admitido em todas as gerações.” “Nenhuma vez os discípulos aplicaram a lei sabática ao primeiro dia da semana. Esta loucura realizou-se num tempo posterior. Nem pretendiam que o primeiro dia suplantasse o sétimo.” — P. 17 e 41. Grifos acrescentados.

O Dr. Edward T. Hiscox, autor do Manual Batista, fez perante um grupo de ministros, na “Convenção Ministerial Batista”, em New York, no dia 13 de novembro de 1893, a seguinte declaração:

    “Havia e há um mandamento para santificar-se o Sábado, mas esse Sábado não era o domingo. Sem impedimento pode-se dizer, com mostras de triunfo, que o sábado foi transferido do sétimo ao primeiro dia, com todos os seus deveres, privilégios e santidades. Com ardente ansiedade, buscando informações sobre este assunto que tenho estudado durante muitos anos, pergunto: onde pode encontrar-se o arquivo desta transação? Não no Novo Testamento, absolutamente não. Não há evidência bíblica quanto à mudança do sábado do sétimo para o primeiro dia da semana. “Desejo dizer que esta questão do sábado, deste ponto de vista, é o problema mais grave e desconcertante relacionado com as instituições cristãs, que presentemente chama a atenção dos cristãos; e a única razão por que o mundo cristão tem permanecido satisfeito com a convicção de que alguma ocasião, no começo da história cristã, foi feita uma mudança. (…) “Parece-me inexplicável que Jesus, durante três anos de discussões com Seus discípulos, em muitas oportunidades conversando com eles sobre o sábado, abrangendo seus vários aspectos, livrando-o de todo seu falso brilho (supertições farisaicas), nunca aludiu à transferência desse dia; nem tampouco, durante os quarenta dias após Sua ressurreição, o insinuou. Também, tanto quanto sabemos, o Espírito Santo que lhes foi dado para recordar todas as coisas que Ele lhes havia dito, não tratou deste assunto. Também não o fizeram os inspirados apóstolos, ao pregarem o evangelho, estabeleceram igrejas, aconselharem e instruírem as já estabelecidas, discutirem ou tratarem desse assunto. “É claro que sei perfeitamente ter o domingo entrado em uso, como dia religioso, na história da Igreja cristã… Mas é lamentável que tenha vindo com uma marca do paganismo e batizado com o nome de ‘dia do Sol’, então adotado e santificado pela apostasia papal e vindo como um legado sagrado ao protestantismo.” — Grifos acrescentados.

Três dias depois o “The Watchman Examiner” (órgão batista de New York) fez menção desse discurso, descrevendo o intenso interesse manifestado pelos ministros presentes, e a discussão que se seguiu a sua apresentação:

    “As Escrituras não denominam, em nenhum lugar, ao primeiro dia da semana como sábado… Não há autorização bíblica para fazê-lo, nem por lógica, ou por alguma obrigação bíblica.” — Grifos acrescentados.

E por fim, o Dr. John Dowling, que por vários anos foi pastor de uma igreja batista na cidade de New York, afirma o seguinte em sua obra “History of Romanism”:

    “A Bíblia e a Bíblia somente!’ Não tem nenhuma importância, na opinião de um protestante genuíno, quão cedo uma doutrina se tenha originado, se ela não é encontrada na Bíblia. (…) Portanto, se uma doutrina for proposta para ser por ele aceita, pergunta ela: ‘Encontra-se ela na Palavra de Inspirada? Foi ela ensinada por nosso Senhor Jesus Cristo e Seus apóstolos?’ Se eles nada sabiam a seu respeito, não lhe importa se ela é encontrada na pasta bolorenta de algum antigo visionário do terceiro ou quarto século, ou se brota da imaginação fértil de algum moderno visionário do século dezenove; se não for encontrada nas Sagradas Escrituras, não apresenta ela nenhuma reivindicação válida para ser aceita como artigo de seu credo religioso. (…) Aquele que aceita uma doutrina sequer (o domingo), baseada na simples autoridade da tradição, tenha ele o nome que tiver, ao assim proceder, desce da rocha do protestantismo, transpõe a linha que separa o protestantismo do papado e não pode apresentar nenhuma razão válida porque não aceita todas as doutrinas e cerimônias mais antigas do romanismo, com base na mesma autoridade.” — 13ª ed., p. 67–68.

O domingo encontra-se na Palavra Inspirada? Foi o domingo ensinado por nosso Senhor Jesus Cristo e Seus apóstolos? Se a guarda do domingo “não for encontrada nas escrituras, não apresenta nenhuma reivindicação válida para ser aceita”. Do contrário, no caso, a afirmação “A Bíblia e a Bíblia somente!” está sendo descartada por essa doutrina que “transpõe a linha que separa o protestantismo do papado”.

—> Igreja Luterana

O Dr. H. Gunkel, da Igreja Luterana, em “Zum religionsgesch. Verstaendnis des N.T.”, diz:

    “A admissão do domingo pelos cristãos primitivos é… um sintoma muito importante de que a igreja primitiva foi diretamente influenciada por um sentimento que não se originou no evangelho, nem no Antigo Testamento, mas em um sistema religioso desconhecido para ela.” — P. 76. Grifos acrescentados.

George Sverdrup, numa entrevista para o jornal luterano “A New Day”:

    “Como não foi possível produzir um só lugar nas Sagradas Escrituras que testifique que o Senhor mesmo ou os apóstolos ordenaram uma transferência do sábado para o domingo, então não era fácil responder à pergunta: ‘Quem transferiu o sábado e quem tem autoridade de fazê-lo?’

Carlstadt, um dos primeiros reformadores e amigo íntimo de Lutero, tentou trazer a reforma do sábado do sétimo dia naquela época:

    “Carlstadt defendeu a divina autoridade do sábado do Velho Testamento.” — Dr. Barnes Sears, “Life of Luther” (Vida de Lutero), p. 147.

E Martinho Lutero, em seu “Agaist the Celestial Prophets”, declara:

    “Em verdade, se Carlstadt escrevesse mais acerca do sábado, o domingo logo teria que lhe ceder o lugar, e o sábado ser santificado.” — Citado em “Life of Martin Luther in Pictures”, p. 147.

O ensino oficial da Igreja Luterana, em seu “Confisson de Foi d’Augsburg” (Confissão de Fé de Augsburgo), assim declara:

    “A observância do Dia do Senhor (domingo) não assenta em nenhum mandamento de Deus, mas sim na autoridade da Igreja. (…) “Eles (os Católicos) alegam que o sábado foi mudado para o domingo, o dia do Senhor, contrariamente o Decálogo; como é evidente, não existe exemplo algum de maior jactância do que a mudança do sábado. Grande, dizem eles, é o poder e autoridade da Igreja (Católica), visto haver omitido um preceito do decálogo, alterando os mesmos.” — Em “Augsburg Confession of Faith”, art. XXVIII. Ver Philip Schaff, “The Creeds of Christendom” (ed. 4), vol. 3, p. 63 e 64, tradução da parte 2, art. 7, “Do Poder Eclesiástico”, da Confissão de Fé de Augsburgo. (O artigo 28 da Confissão é o art. 7 da parte 2). Citado em “Cox’s Sabbath Manual”, p. 287. Grifos acrescentados.

O Dr. Philip Schaff, teólogo e historiador eclesiástico, declara sobre a “Confissão de Augsburg”:

    “A Confissão de Augsburgo foi a primeira e a mais famosa das confissões de fé evangélica. Ela expressou clara e totalmente, de forma sistemática, os principais artigos de fé pelos quais se batiam Lutero e seus companheiros havia já treze anos, desde o protesto levantado contra o tráfico das indulgências. Pelos seus méritos intrínsecos e suas origens históricas, ela tomou-se o principal padrão doutrinário da Igreja Luterana. (…) Excluindo-se o prefácio e o epílogo, a Confissão consiste de duas partes, uma positiva e dogmática, outra negativa e um tanto polêmica, ou melhor, apologética. A primeira refere-se principalmente a doutrinas, a segunda a cerimônias e instituições. A primeira parte apresenta em vinte e um artigos… as doutrinas defendidas pelos evangélicos luteranos. A segunda parte rejeita em sete artigos os abusos de Roma que foram considerados mais objetáveis e que foram realmente corrigidos pelas igrejas luteranas.” — Em “History of the Christian Church”, vol. 7, p. 707–713. Philip Schaff foi presidente da comissão revisora da Bíblia em Inglês e editor da versão americana da Enciclopédia de J. Herzog. (J. N. Andrews e L. R. Corandi, “The History of the Sabbath”. p. 836).

—> Igreja Metodista

O Dr. Harris Franklin Rall faz esta declaração no “Christian Advocate”:

    “Vejamos a questão do Domingo… não há nenhuma passagem dizendo aos cristãos para observarem este dia.” — 2 de julho de 1942.

No “Theological Compendium Improved”, do Rev. Amos Binneyas, ocorrem estas afirmações:

    “É certo não haver um mandamento positivo para o batismo infantil… Tampouco há algum para guardar como santo o primeiro dia da semana. Muitos crêem que Cristo mudou o sábado. Mas, em Suas próprias palavras, vemos que não veio com este propósito. Aqueles que crêem que Jesus mudou sábado baseiam-se apenas numa suposição.” — Ed. de 1902, p. 180-181. Grifos acrescentados.

—> Igreja Congregacional

O Dr. Layman Abbot, congregacionalista, faz esta declaração no “Christian Union”:

    “A noção atual, de que Cristo e Seus apóstolos, autoritariamente, substituíram o sétimo dia pelo primeiro dia, é absolutamente sem autoridade no Novo Testamento.” — 26 de junho de 1890. “Não existe na Bíblia mandamento que requeira de nós a observância do primeiro dia da semana como sendo o sábado cristão.” — Extraído de “Mode and Subjects of Baptism”, de Fowler.

—> Igreja Anglicana/Episcopal

No “Manual of Christian Doctrine”, dos anglicanos ou episcopais, ocorre esta pergunta e resposta:

    “Há algum mandamento no Novo Testamento, que permita mudar o dia do Sábado para o Domingo? — Nenhum.” — P. 127.

O Dr. Peter Heylyn, no seu livro “History of the Sabbath”, declara:

    “Recorrei a quem quiserdes, sejam os pais primitivos ou os autores modernos, não encontrareis nenhum dia do Senhor (domingo) instituído por qualquer ordenação apostólica, nenhum movimento sabático iniciado por eles com relação ao primeiro dia da semana.” — Ed. de 1636, parte 11, cap. 1, par. 10, p. 28.

Em sua obra “Examination of the Six Texts”, na qual o Dr. William Domville estuda profundamente seis textos bíblicos sob os quais foi construído o argumento do domingo como dia do Senhor, ele declara francamente:

    “Nenhum dos escritores eclesiásticos dos primeiros séculos atribui a origem do domingo a Cristo ou aos apóstolos. (…) Séculos da era cristã passaram-se antes que o domingo fosse (geralmente) observado pela igreja cristã em caráter do sábado. A História não nos fornece uma única prova de que fosse (oficialmente) observado como tal antes do edito dominical de Constantino, em 321 AD.” — P. 291.

O grande teólogo e historiador alemão de Heidelberg, Dr. Johann August Wilhelm Neander, em cuja obra de tal mérito que lhe valeu o título de “príncipe dos historiadores da Igreja”, declara francamente:

    “A oposição ao judaísmo introduziu a festividade particular do domingo, muito cedo, realmente, em substituição do sábado. (…) A festa do domingo, como todas as outras festividades, foi sempre uma ordenança simplesmente humana, e estava longe das cogitações dos apóstolos estabelecer a este respeito uma ordem divina – longe deles e da primitiva igreja apostólica, transferir para o domingo as leis do sábado. Talvez no fim do segundo século, começou a surgir uma falsa aplicação dessa espécie, pois a esse tempo os homens consideravam pecado o trabalho aos domingos.” — Em “The History of Christian Religion and Church”, p. 186, trad. de John Rose da 1ª ed. alemã, B. D., Filadélfia: James M. Campbell & C.º, 1843. Grifos acrescentados.

—> Igreja Católica

O Rev. Isaac Williams, escreve o seguinte em seus “Plain Sermons on the Catechism”:

    “Onde se nos diz nas Escrituras que devemos observar o primeiro dia? É-nos mandado guardar o sétimo; mas em nenhum lugar nos é ordenado guardar o primeiro dia. (…) A razão pela qual santificamos o primeiro dia da semana em lugar do sétimo é a mesma que nos leva a observar muitas outras coisas: não porque a Bíblia, mas porque a Igreja (Católica) o ordena.” — Vol. 1, p. 334 e 336. Grifos acrescentados.

O Cardeal James Gibbons, em “The Faith of Our Fathers”, diz o seguinte:

    “Podereis ler a Bíblia do Gênesis ao Apocalipse, e não encontrareis uma só linha a autorizar a santificação do Domingo. As Escrituras exaltam a observância religiosa do sábado, dia que nós nunca santificamos.” — Ed. de 1892, p. 111. Grifos acrescentados.

O cônego Eyton, em sua obra “Ten Commandments”, assim se expressa:

    “Não existe nenhuma palavra, nenhuma alusão, no Novo Testamento, acerca da abstinência do trabalho no domingo. (…) Nenhuma lei divina entra no repouso do domingo. (…) A observância da quarta-feira de cinza ou quaresma tem exatamente a mesma base que a observância do domingo.” — P. 62, 63 e 65. Grifos acrescentados. “A observância do domingo (…) não só não tem fundamento na Bíblia, mas está em contradição com a letra da Bíblia, que prescreve o descanso do sábado. “Foi a Igreja Católica que, por autoridade de Jesus Cristo, transferiu esse descanso para o domingo, em memória da ressurreição de nosso Senhor: de modo que a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que prestam, independentemente de sua vontade, à autoridade da Igreja.” — Extraído de “Monitor Paroquial”, 26 de agosto de 1926, Socorro, SP, ano I, nº. 8. Grifos acrescentados.

Diz o Pe. Dubois em sua obra “O Biblismo”:

    “A Bíblia manda santificar o Sábado, não o domingo; Jesus e os apóstolos guardaram o Sábado. Foi a tradição católica que, honrando a ressurreição do Redentor, ocorrida no domingo, aboliu a observância do Sábado.” — P. 106. Grifos acrescentados.

Finalmente, vemos na Carta Apostólica “Dies Domini” (Dia do Senhor) de 1998, o Papa João Paulo II reconhece que Jesus nunca quebrou ou anulou o Sábado, mas foi a Igreja Católica quem alterou a solenidade do dia de descanso do sétimo para o primeiro da semana. Em suma, vários concílios foram realizados, nos primeiros séculos, e em quase todos os concílios o sábado era rebaixado um pouco mais, enquanto o domingo era exaltado gradualmente. O domingo foi transformado em festividade em honra da ressurreição de Cristo: nos primeiro séculos, atos religiosos eram nele realizados; era, porém, considerado como dia de recreação, sendo o sábado ainda observado como dia santo. O Papa ainda afirma que o sábado é obrigatório para os que não aceitam a soberania católica e dizem ter a Bíblia como única regra de fé (os protestantes). Essa carta papal se encontra no web site oficial do Vaticano. Para visualizá-la, clique aqui: http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_letters/documents/hf_jp-ii_apl_05071998_dies-domini_po.html (acessado em 17/03/2007).

—> Outras denominações

Alexander Campbell, o fundador da denominação chamada “Igreja de Cristo”, que no Brasil é conhecida como “Discípulos de Cristo”, admitiu o seguinte:

    “Não há testemunho, em todos os oráculos do Céu, que o sábado foi mudado, ou que o dia do Senhor (domingo) veio em seu lugar.” — Em “The Reporter”, 8 de outubro de 1921.

Alexander Campbell também confessou:

    “Eu não creio que o Dia do Senhor… tenha sido transferido do sétimo para o primeiro dia da semana.” — Em “Washington Reporter”.

O Dr. H. D. Lucas, da chamada “Igreja de Cristo” (ou “Discípulos de Cristo”, no Brasil) faz esta confissão no “Christian Oracle”:

    “Não há autoridade bíblica designando o primeiro como dia do Senhor.” — 23 de janeiro de 1890.

Sobre o domingo não ter sido considerado como dia de repouso nos primeiros séculos, existe esta declaração no “Smith and Cheetham’s Dictionary of Christian Antiquities”:

    “A idéia de uma substituição convencional, por autoridade apostólica, do sábado pelo domingo, e a transferência para ele, mesmo numa forma espiritualizada, da obrigação sabática indicada ao ser promulgado o quarto mandamento, não têm base alguma, seja nas Escrituras Sagradas, seja na antiguidade cristã. (…) Esta idéia, depois incorporada no título do ‘sábado cristão’, e confirmada nos primeiros séculos do cristianismo.” — Art. “O Sábado”, p. 1823.

_________________ “Escute as minhas palavras e preste atenção em tudo o que vou dizer… “Darei a minha opinião com franqueza; as minhas palavras serão sinceras, vindas do coração.” (Jó 33:1,3).

Por Marllington Klabin Will

Fonte: Adventismo em Foco

Porque razão foi José vendido como escravo?

Algumas das histórias bíblicas que desde a infância nos foram ensinadas e nos habituamos a rever, parecem ter aquele componente extra de fascínio que nos impossibilita de a esquecer por completo com o passar do tempo. Talvez um ou outro ligeiro pormenor vá escapando; mas em linhas gerais - e tantas vezes mais do que isso! - somos capazes de a relatar com toda a fidelidade.

Aquilo que pode também acontecer, é o nosso entendimento e perceção se apurarem com essas recapitulações, de forma a retirar dessas histórias ensinamentos mais profundos. O resultado de ler, reler, refletir e buscar outros textos que tenham alguma ligação. É o que quero sugerir com a impressionante história de José, filho de Jacó.

Podemos dizer que este valente e fiel homem, tanto na juventude como na fase adulta, teve uma vida difícil... mesmo antes de nascer! Vemos isso pelo fato de sua mãe, Raquel, ter tido grandes dificuldades em engravidar, o que lhe provocava grande sofrimento na família de Jacó, apesar de ser a sua esposa preferida (Génesis 29:30).

Finalmente, Raquel recebe a bênção de Deus e alcança um filho varão, José (30:22, 23).

Imagine o que terá sido a infância de José: único filho da esposa preferida, acarinhado (talvez deva dizer mimado...) em excesso por seu pai, enquanto as outras mães (Lea, Bilha e Zilpa) e filhos (que já eram dez!) assistiam a tudo bem de perto. Muito menos terá ajudado a clara preferência demonstrada por Jacó pelo filho de Raquel, ao oferecer-lhe uma bela e colorida túnica (37:3). Por isso os dez irmãos e tratavam com indiferença e algum desprezo, não lhe falando amavelmente (37:4).

Após o clima ter ficado pior com o relato dos sonhos de José (37:8, 10, 11), surgiu aos irmãos de José a grande oportunidade de se verem livres dele: longe de casa, sem a presença do pai, sequestraram José, aguardando melhor ideia para dar seguimento ao plano. Julgando cobardemente que poderiam dessa forma lavar as mãos, resolveram vender José como escravo a uma caravana de ismaelitas (primos deles) que por ali passava. Assim, José seguiu para o Egito, passando de filho preferido a prisioneiro e, pior ainda, escravo.

Por isso, levanto a pergunta: porque razão foi José vendido como escravo?

Se você, caro leitor tomou conhecimento desta história pela primeira vez aqui, poderá pensar que a resposta é: devido à inveja e ódio de seus irmãos. Também, mas não só!

Já no Egito, José continua com as suas aventuras incríveis. Resumindo, ele começa por ser servo em casa de um oficial de Faraó, onde é abençoado por Deus e prospera (39:1, 2). Acusado de forma mentirosa, é lançado numa cruel prisão (39:20). Ali, Deus não o abandonou e através de uma série de interpretações que lhe concedeu de sonhos (40:1-23), levou-o à mais alta sala da nação, o trono do Faraó.

O governante egípcio estava perturbado com dois sonhos que constantemente o abalavam (41:8). Sabendo que José já tinha ajudado outros, contou-lhe os seus pesadelos. José, começando por glorificar o Deus que sabe tudo (41:16), informou Faraó que Deus o tinha avisado do que sucederia no futuro próximo: sete anos de fartura seguidos de sete anos de fome (41:29, 30). O Faraó, sabiamente, viu no prisioneiro alguém capaz de, dirigido por Deus, liderar a nação nos planos para evitar que a fome destruísse o Egito (41:38-41).

Então, poderemos pensar que Deus permitiu que José fosse levado cativo para o Egito para liderar essa grande nação na luta contra a fome. Também, mas não só!

A fome, estendeu-se para além das terras egípcias, atingindo Canaan, onde viviam... Jacó e sua família. Por isso, o patriarca enviou os filhos (exceto Benjamim, o filho que Raquel lhe dera depois de José) para comprarem mantimento das posses do Faraó (42:2). Eles foram e após uma série de enigmas, através dos quais José testou os irmãos, finalmente, toda a família se reuniu em casa de José, no Egito (47:11, 12).

Será que, então, José foi vendido como escravo para salvar a sua família e outras nações vizinhas? Mais uma vez, também, mas não só!

Talvez a mais profunda das razões seja aquela que é trazida à luz após um continuado e diligente estudo das Escrituras. Descubra-a de seguida, num simples raciocínio!

Vejamos a lista dos filhos de Jacó, irmãos de José: Ruben, Simeão, Levi, Judá, Dan, Naftali, Gad, Aser, Issacar, Zebulon e Benjamim.

No seu leito de morte, Jacó proferiu a seguinte declaração (profecia) sobre Judá, seu quarto filho: 'o cetro não se arredará de Judá, nem o legislador de entre seus pés' (Gênesis 49:10).

Consultemos agora Lucas 3 e atentemos para a genealogia de Jesus. Nos versos 33 e 34 é feita menção a... Judá, filho de Jacó! Jesus é descendente de Judá, da casa de Jacó.

O plano da salvação, traçado bem antes de Jacó ou Judá existirem - '... Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo' (Apocalipse 13:8) - passava pela casa de Judá, que seria ameaçada pela fome de sete anos que assolaria toda a região. Deus, conhecendo bem o Egito e vendo ali os recursos necessários à manutenção da vida, viu em José os traços de caráter ideais para ser por Si usado na salvação de muitos e, principalmente, na proteção do plano da salvação!

Veja em Génesis 45:5 as palavras de José: '... para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face'. Pergunta-se: conservação da vida de quem? Novamente as palavras de José (45:7): '... para conservar a vossa sucessão na terra...'.

Caro leitor, não só mas também, Deus permitiu que um adolescente de 17 anos fosse vendido como escravo pelos próprios irmãos... por minha e por sua causa! O plano da salvação concretizado na Pessoa de Jesus seria afetado caso a família de Jacó perecesse. Através da fidelidade do jovem José, Deus providenciou que isso não acontecesse.

Um dia na eternidade poderá agradecer a José pela sua coragem, perseverança e determinação. Mas agradeça ainda mais a Deus pela maneira impressionante como Ele, vendo o futuro desde o passado, providenciou que o Seu plano para o redimir não sofresse desvio algum.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Quem São os Sete Reis de Apocalipse 17?

Quando lemos o capítulo dezessete do livro de Apocalipse, nos deparamos com o seguinte verso:

“Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e quando chegar, tem de durar pouco”. (Ap. 17:9 e 10).

Muitas são as tentativas de interpretação desta profecia, todavia, o contexto e a perspectiva temporal do profeta que a escreveu por vezes são ignorados.

Será proposta uma análise bíblico-histórica, levando-se em conta a interpretação tradicional adventista das profecias de Daniel e contextualizando a mensagem na perspectiva do profeta em visão.

Antes de estudarmos o texto, devemos notar que “reis” na profecia, é sinônimo de “reino” (ver Daniel 7:17 e 23), não permitindo assim, identificar esses reis como papas ou formas de governo (realeza, consulado, ditadura, triunvirato, etc.).

O livro de Daniel é a chave para compreendermos o livro de Apocalipse. “Estudai o Apocalipse em ligação com Daniel; pois a história se repetirá” [1], escreveu E. G. White.

A primeira pergunta que temos que responder é: qual o ponto de partida da visão?

Uma análise superficial concluiria que seria o tempo em que o profeta estava vivendo, ou seja, Roma Imperial (ou pagã). Desta forma, os cinco reis ou reinos que caíram seriam: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia e Grécia. O reino que existe seria Roma Imperial (pagã) e o que não chegou seria Roma Papal.

No entanto, temos algumas dificuldades com essa interpretação:

1- O Egito e a Assíria não aparecem na lista de reinos das profecias do livro de Daniel, que são base da interpretação do livro de Apocalipse.

2- O reino de Roma Papal teria que durar pouco (v. 10). Levando-se em conta que a Terra tem cerca de 6.000 anos, os 1260 anos de duração de Roma Papal, acrescentados ao período em que ela seria ferida e restaurada, tornam difícil essa interpretação, pois esse é um longo tempo.

3- O texto diz que esse poder (Roma Papal – simbolizada pela besta) era, não é, e está para surgir (v. 8 e 11). Isso revela que no momento da visão, Roma Papal não estava agindo, e sua ação estava no passado. Uma vez que João vivia antes do surgimento de Roma Papal, e não depois, torna-se difícil harmonizar este texto com a presente interpretação.

A chave para entendermos o texto, seriam os versos iniciais, que mostram o ponto de partida da profecia. O profeta é transportado para um outro período da história, ou seja, ele é levado pelo anjo para contemplar os acontecimentos futuros. “Transportou-me o anjo, em espírito, a um deserto e vi uma mulher montada numa besta escarlate” (v. 3).

Outros profetas também contemplaram cenas de tempos futuros, como Daniel (Dn. 12:8 e 9).

A questão agora é: para que tempo o profeta foi levado?

Observe algumas referências temporais deixadas pelo texto:

1- “Vem mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas” (v.1). Esse era o período que Roma Papal deveria ser julgada. A meretriz é a Igreja Romana que estava sustentada por povos e multidões (v. 15). O profeta foi levado para o tempo em que já existia a Igreja Romana e ela já havia conquistado multidões. “O momento da visão é a hora do juízo, o tempo do fim, que inicia em 1798/1844, por ocasião do término dos 1.260 dias-anos". [2]

2- “Então vi a mulher embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus” (v. 6). Essa é uma referência ao período de domínio de Roma Papal (1.260 anos) em que foram perseguidos e mortos muitos fiéis. O profeta foi levado para um tempo posterior a esses acontecimentos.

3- “Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: babilônia, a grande, a mãe das meretrizes e das abominações da terra” (v. 5). O foco de Apocalipse 17 é sobre Roma Papal, e não Roma Imperial (pagã). “No capítulo 17 de Apocalipse, são preditas as destruições de todas as igrejas que se corrompem mediante a devoção idólatra ao serviço do papado...”. [3]

O verso oito afirma: “a besta que viste era e não é, está para emergir do abismo...”.

João, portanto, foi levado para o período que Roma Papal havia recebido a ferida mortal (“não é”) e que seria, segundo a profecia, curada (“está para emergir” – em 1929 foi criado o Vaticano, ou seja, foi iniciado o processo de cura da ferida - Ap. 13:3).

Tomando por base a seqüência de reinos de Daniel, os reis que caíram são: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, Roma Imperial (Pagã) e Roma Papal. [4]

O reino que existe (“um existe” v. 10) é Roma Papal Ferida (note que Roma Papal não deixou de existir, só estava ferida) e o que chegaria seria Roma Papal Curada, que duraria pouco.

O verso onze afirma que o oitavo rei é o mesmo poder de Roma Papal: “E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição” (v. 11).

A diferença é que o oitavo rei recebe o apoio e autoridade dos dez chifres ou dez reis (v. 12).

Estes são os reinos de Roma Dividida (os mesmos de Daniel – ver Dn. 2:41 a 44; 7:24) que representam a Europa. Note o seguinte comentário: “Os ‘dez chifres’, que representaram os intolerantes reinos da Europa que agora constituem democracias mais ou menos tolerantes, tornar-se-ão novamente entidades totalitárias, asperamente intolerantes”. [5]

Desta forma, o oitavo rei é a besta totalmente curada e plena de autoridade e poder mundial (v. 13), que durante “uma hora” ou quinze dias (na relação 1 dia/1 ano) exerce plenamente seu poder para a última tentativa de destruir o povo de Deus, o Armagedom.

Assim, o importante é que Apocalipse 17 nos garante a vitória do Cordeiro contra Satanás e seus poderes. Essa é a mensagem deste capítulo, que deve produzir em nós segurança e plena confiança que Cristo está em pleno controle da história deste mundo.

Hoje é tempo de firmarmo-nos nas verdades bíblicas consagrando nossa vida inteiramente a Deus até o breve retorno de Jesus.

[1] Ellen G. WHITE, Testemunhos Para Ministro. (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1993) 116.

[2] C. Mervyn MAXWELL, Uma Nova Era Segundo as Profecias do Apocalipse. (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1998), 491.

[3] Ellen G. WHITE, Comentário Bíblico Adventista del Séptimo Dia - 7-A – Comentários de E. G. de White (Buenos Aires: Asociacion Casa editora Sudamericana, 1994 ), 994.

[4] Henry FEYERABEND, Apocalipse Verso por Verso (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2005), 150.

[5] C. Mervyn MAXWELL, Uma Nova Era Segundo as Profecias do Apocalipse, 495.


PR. YURI RAVEM
Mestre em teologia e pastor da Igreja Adventista em Pelotas - RS Casado com Andressa, mestre em educação.
Editor Associado do Blog Nisto Cremos e Editor do Blog Igreja Adventista de Pelotas