Luzes desligadas em todo o mundo contra o aquecimento global
28/03/09 - 20h47
Foram 88 os países que aderiram ao movimento contra o aquecimento do planeta com uma ação muito simples: o apagar de luzes por uma hora neste sábado.
Alguns dos monumentos mais famosos da humanidade podem ficar ainda mais bonitos assim.
Os australianos festejam em dobro, porque tudo começou lá. Em 2007, Sydney foi a primeira cidade do planeta que decidiu ficar por uma hora no escuro. Apagar as luzes se revelou uma idéia brilhante.
Dois anos depois, o gesto simples é adotado por quatro mil cidades em 88 países. Em qualquer fuso-horário, 20h30 é a hora do planeta. Em Hong Kong, mais de mil prédios ficaram de olho no relógio e com o dedo no interruptor.
Pequim se mostrou ao mundo iluminada nas últimas olimpíadas. Desta vez, o Ninho do Pássaro e o Cubo d'Água mergulharam na escuridão. E a China ficou no escuro, enquanto a terra girava e a noite chegava a outros lugares do mundo.
Em Portugal, o principal monumento a ter as luzes apagadas foi a Torre de Belém. De lá partiram as caravelas que descobriram o Brasil. As autoridades dizem que a economia de energia durante uma hora é insignificante. Mas o efeito dessa escuridão é outro: é uma poderosa mensagem simbólica contra o aquecimento global.
Em dezembro, os líderes mundiais se reúnem numa nova conferência do clima, em Copenhagen. Vão levar estas imagens na memória. Foram 60 minutos muito especiais, mesmo para quem tem 4.500 anos, como as pirâmides.
A Grécia foi o país que proporcionalmente mais aderiu. O berço da civilização quer que o mundo pare para pensar. O Coliseu sumiu para mostrar que Roma continua eterna, mesmo à luz de velas.
O Big Ben não se atrasou nem um segundo. E até a Cidade Luz acha que é hora de mudar. A Torre Eiffel viveu um dos momentos mais brilhantes de sua história.
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