terça-feira, 14 de julho de 2009

O que Creio sobre a Morte - parte I

Autor: Prof. Gilson Medeiros

Um dos ensinamentos bíblicos mais confortadores e maravilhosos para os cristãos é o que assegura a ressurreição da vida, para os que morreram em Cristo (cf. Jo 5:28-29; 11:15-27). Aqueles que entregam suas vidas aos cuidados amorosos e redentivos de Cristo, e passam pela morte antes de Sua vinda, serão ressuscitados e elevados ao encontro do Senhor nos ares, ou seja, nas nuvens (cf. 1Ts 4:15-17; 1Co 15; Mt 24:30; Mc 13:26; Ap 1:7). Esse ensino é tão maravilhoso que o apóstolo Paulo orientou a Igreja a consolar-se mutuamente com tais palavras, especialmente nos momentos de luto (cf. 1Ts 4:17).

A IASD crê que os mortos não recebem imediatamente após a morte a sua recompensa eterna.

Uma vez que os mortos em Cristo serão ressuscitados por ocasião da vinda de Cristo (cf. 1Ts 4:15-17), fica evidente que a recompensa não é dada imediatamente após a morte, como acreditam muitos dos cristãos atuais, equivocadamente.

Seria muito estranho alguém que morre hoje e já vai para a “glória”, ou “seio de Abraão”, por ocasião da volta de Cristo ter que retornar ao corpo para ser ressuscitado e voltar novamente para a “glória”. É uma confusão que a Bíblia não sanciona. Por isso, a Igreja Adventista não acredita que uma pessoa vá imediatamente para o céu ou para o inferno, por ocasião da morte, conforme veremos melhor nos tópicos seguintes.

A IASD crê que a morte é um sono, como o próprio Jesus ensinou.

A Bíblia ensina claramente que a morte é como um “sono”, no qual “dormimos” até o dia da ressurreição (cf. Jo 11). Não é bíblico o ensinamento de que o homem possui uma “alma” indestrutível e imortal, que “sai” do corpo por ocasião da morte.
Quando o Senhor formou o homem do pó da terra, Ele soprou em suas narinas, e o homem passou a ser “alma vivente” (cf. Gên. 2:7; 1Co 15:45). É uma “equação” natural:

PÓ DA TERRA + FÔLEGO DE VIDA = ALMA VIVENTE

Por ocasião da morte, cessam todos os sentimentos, desejos, mágoas, etc. A pessoa não mais “tem parte” com nosso mundo, ou seja, não há como haver qualquer comunicação entre vivos e mortos, porque estes estão “dormindo” (cf. Ecles. 9:5-6). Deus sabe muito bem dessa impossibilidade de comunicação entre vivos e mortos, por isso o Senhor proibiu Seu povo de tentar tal “comunicação”, para não serem enganados pelos espíritos dos demônios (cf. Lv 19:31; 20:6; 1Sm 28:7-25; Is 8:19; 1Tm 4:1; Ap 16:14). Como os mortos estão dormindo, e não possuem "almas" que ficam vagando por ai, quem se apresenta "do além" para se comunicar com os vivos são os espíritos demoníacos.

Em vários outros locais a Bíblia sempre se refere à morte como a um sono. Por exemplo:
a) Sal. 115:17 – já que os mortos não vão imediatamente para o céu, é evidente que eles não podem louvar ao Senhor.
b) Mt 9:24 – se Jesus sabia que a menina estava morta, como os parentes já haviam constatado, por que Ele falou que ela estava “dormindo”? É claro que é porque Jesus comparava a morte a um sono (cf. Mt 27:52; Mc 5:39; Ef 5:14).
c) 1Co 15:17-18, 51-53 – o apóstolo Paulo também é muito enfático em dizer que os mortos estão apenas “dormindo”.
d) 2Pe 3:4 – os demais discípulos também compreendiam que a morte é um sono.

Não há como fugir do claro ensino bíblico acerca da morte. Ela nada mais é que um sono, do qual todos um dia acordarão, seja na ressurreição da vida, seja na do juízo (cf. Jo 5:28-29). Por isso, não podemos acreditar em doutrinas equivocadas, tais como: purgatório, inferno eterno, reencarnação, espiritismo, assombração, mediunidade, etc. Nada disso tem base na Bíblia, mas sim no paganismo, que sempre acreditou na imortalidade da alma e, através do pensamento grego, principalmente, conseguiu infiltrar-se no Cristianismo.

O renomado teólogo não-adventista, Oscar Cullmann, também reconheceu que o ensino dos grandes filósofos Sócrates e Platão (que disseminaram a heresia da imortalidade da alma) não pode, de forma alguma, ser harmonizado com o do Novo Testamento, pois este trata da ressurreição, e não da imortalidade da alma.

A Bíblia declara que apenas Deus é imortal (cf. 1Tm 6:16), e somente na ressurreição é que Ele dotará os salvos com este dom (cf. 1Co 15:50-54). A alma, por outro lado, é mortal, pois, como vimos, nada mais é do que o fôlego de vida que o Senhor concede a todo ser vivo (cf. Ez 18:4, 20; Gên. 2:7).

A Igreja Adventista, mais uma vez, sai na frente no debatido tema da “vida após a morte”, pois prefere permanecer com o que a Bíblia ensina, a confiar em doutrinas e especulações meramente humanas e pagãs, como o é a imortalidade natural da alma (cf. Hb 9:27).

O que Creio sobre a Morte - parte II

Autor: Prof. Gilson Medeiros

Dando continuidade a esta série de temas sobre o estado dos mortos, quero completar com algumas reflexões sobre a heresia do inferno, complementando o que postei anteriormente.

Os Adventistas não crêem que os ímpios serão atormentados eternamente em um lago de fogo infernal.

Uma das doutrinas mais assustadoras que a mente humana já foi capaz de criar é a do lago eterno de fogo, que queimará por um tempo indefinido aqueles que não aceitarem a salvação em Cristo. Chamam tal lugar de “inferno”. Não podemos acreditar em tal absurdo e ainda continuarmos crendo em um Deus de amor e misericórdia (cf. 1Jo 4:8, 16; Jo 3:16)! Isso é totalmente incompatível com o ensino da Bíblia.

A doutrina do inferno eterno foi surgindo aos poucos no seio do cristianismo primitivo, e foi usada como ferramenta de medo para “converter” mais facilmente as pessoas. Mas, de onde surgiu essa doutrina? Ela tem suas raízes muito antes do surgimento da Igreja Cristã. Tenho um extenso material de pesquisa sobre como o tema do inferno foi introduzido no cristianismo. A seguir está um resumo do que descobri.

Na mitologia grega havia uma divindade que era a responsável pelo mundo subterrâneo, considerado o destino final dos mortos. Seu nome era Hades. Um outro nome para Hades era Plutão, simbolizando que ele também era o dono de todas as riquezas que existem sobre a Terra. Embora Hades apareça poucas vezes nas lendas gregas, ele é bastante mencionado, citando-se como algumas de suas principais participações o rapto de Perséfone, o 12º trabalho de Héracles, e o de Orfeus e Eurídice.

Primariamente, o reino de Hades era localizado no extremo ocidente, além do “rio Oceano” (segundo a Ilíada, de Homero). Posteriormente é que ele foi situado abaixo da superfície terrestre, passando a inspirar alguns séculos depois o pensamento cristão ocidental e asiático acerca do inferno (um lago de fogo subterrâneo).

O Judaísmo primitivo (é só ler o Pentateuco para verificar) não contemplava nenhum tipo de vida posterior, nem felicidade para os bons, e nenhum tormento para os maus. Nos Salmos e Profetas, no entanto, já aparece uma esperança de imortalidade. Mas são nos livros pseudepígrafos e apócrifos onde esta esperança desenvolveu-se de forma mais acentuada. No Antigo Testamento, o pensamento hebreu assemelha-se, em alguns pontos, ao grego quando refere-se ao estado da morte:

Entre os hebreus, o local equivalente ao Hades grego chamava-se Sheol, que por sua vez possuía dois compartimentos: um para os bons e outro para maus; o inferno seria, então, o compartimento dos maus.

Os israelitas, de modo geral, preocupavam-se mais com o tempo presente, e estarem preparados e aptos para entrarem no mundo vindouro. Sua concepção acerca do inferno e destino dos condenados, após a morte, não influenciou a concepção católica, tanto quanto aconteceu com a mitologia grega e pagã.

Alguns historiadores eclesiásticos afirmam que os escritores pastorais eram muito mais específicos a respeito do Inferno que do Céu; escreviam como se tivessem estado lá. Os três grandes doutrinadores medievais – Agostinho, Pedro Lombardo e Aquino – insistiam em que as penas infernais eram tanto físicas quanto mentais e espirituais, e fogo de verdade tomava parte dos tormentos.

Vê-se, então, que a doutrina do inferno desenvolveu-se paulatinamente, desde o início do catolicismo romano, e foi cada vez ganhando mais força e adeptos ao longo da Idade Média, chegando até os dias atuais. Basta uma pesquisa rápida na Internet (modernamente o meio de comunicação mais eficaz para disseminar ensinamentos e ideologias), nos sites reconhecidamente católicos (extra-oficiais), para se verificar que o pensamento sobre o inferno continua enraizado na mente e nas declarações da Igreja. Um destes sites, por exemplo, transcrevendo um artigo de John Vennari, declara que o tema do inferno faz parte das “revelações” de Fátima à humanidade, ocorridas em 1917.

Os protestantes também assimilaram a doutrina do inferno, e fazem dela um ponto importante em seus ensinos. Por exemplo: o Centro Apologético Cristão de Pesquisas, mantido por um grupo de pastores evangélicos de São José do Rio Preto, SP, afirma em sua declaração de fé a crença de que “aos salvos está destinado o gozo eterno no céu ao lado de Deus, bem como aos perdidos à maldição eterna no lago de fogo por toda a eternidade”. Na Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira, o item XIX expressa que “os ímpios condenados e destinados ao inferno lá sofrerão o castigo eterno, separados de Deus”, enquanto que “os justos, com os corpos glorificados, receberão seus galardões e habitarão para sempre no céu, com o Senhor”. A Confissão de Fé de Westminster, da Igreja Presbiteriana, declara que “as almas dos justos, sendo então aperfeiçoadas na santidade, são recebidas no mais alto dos céus onde vêem a face de Deus em luz e glória, esperando a plena redenção dos seus corpos; e as almas dos ímpios são lançadas no inferno, onde ficarão, em tormentos e em trevas espessas, reservadas para o juízo do grande dia final”. A Igreja Evangélica Assembléia de Deus, no site da sua congregação matriz em Imperatriz/MA, afirma crer “no juízo vindouro que recompensará os fiéis e con-denará os infiéis; E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis”.

Como eu disse, realizei extensa pesquisa sobre o tema do inferno, e fiquei convicto do quanto esta doutrina foi se infiltrando no cristianismo, apesar de suas evidentes raízes no pensamento pagão e idólatra do helenismo.

O que achei mais interessante, é que tanto católicos quanto protestantes se utilizam de textos bíblicos isolados do seu contexto para tentar provar o quanto Deus é justo enviando as pessoas ao tormento eterno do inferno. Que contradição!

Segundo o eminente teólogo Dr. Samuele Bacchiocchi, a crença no “aniquilamento dos ímpios”, ou seja, na doutrina bíblica de que Deus colocará um fim definitivo ao pecado (e não manterá os ímpios no fogo eterno) está baseada em quatro considerações bíblicas fundamentais, que comprovam a falácia da argumentação sobre o inferno eterno:

1) A morte como castigo do pecado.
2) O vocabulário sobre a destruição dos ímpios.
3) As implicações morais do tormento eterno.
4) As implicações cosmológicas do tormento eterno.

OBS.: Clique aqui e veja o estudo completo do Dr. Bacchiocchi.

O propósito do plano da salvação é desarraigar definitivamente a presença do pecado e dos pecadores deste mundo. Somente se os pecadores, Satanás e o mal são afinal consumidos no lago de fogo, e extintos na segunda morte, é que verdadeiramente poder-se-á dizer que a missão redentora de Cristo foi concluída. Um tormento eterno lançaria uma sombra permanente sobre a nova Criação.

Mais uma vez, os Adventistas estão corretos, pois ficam entre os que preferem ver Deus como a Bíblia O apresenta – amor, bondade e justiça – do que da maneira como os que defendem a existência eterna do inferno ensinam – vingança, crueldade e sadismo.

"E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram" (Apoc. 21:4).

sábado, 13 de junho de 2009

Batista admitem que domingo é tradição pagã

O Dr. EDWARD T. HISCOX, autor de um Manual da Igreja Batista, numa conferência para ministros da denominação batista, realizada cm Nova York, no dia 13 de novembro de 1893, leu extenso discurso sobre a mudança do sábado para o domingo.
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Um discurso magnífico, de que não me furto ao prazer de citar trechos para os amigos batistas que nos combatem aqui no Brasil. Esse discurso foi parcialmente reproduzido no The Watchman Examiner, órgão batista editado em Nova York, edição de 16 de novembro de 1893.
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Eis alguns trechos reproduzidos ipsis verbis, como constam do jornal em apreço:
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"Havia e há um mandamento para santificar-se o sábado, mas aquele sábado não era o domingo. Será dito, talvez, e com ostentação de triunfo, que o sábado foi transferido do sétimo para o primeiro dia da semana, com todos os seus deveres, privilégios e sanções.
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"Desejando ardentemente informações sobre este assunto, que tenho estudado por muitos anos, pergunto: Onde se pode achar o relato de tal transferência? Não no Novo Testamento, absolutamente não! Não há na Escritura evidência de mudança da instituição do sábado, do sétimo para o primeiro dia da semana.
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"Desejo dizer que esta questão do sábado – deste ponto de vista – é a questão mais séria e embaraçosa relacionada com as instituições cristãs que atualmente reclamam a atenção do povo cristão; e a única razão por que não é ela um elemento de perturbação no pensamento cristão e nas discussões religiosas, é porque O MUNDO CRISTÃO A TEM ACEITADO com a convicção de que se efetuou qualquer transferência já no princípio da história cristã. ...
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"É para mim incompreensível que Jesus, vivendo durante três anos com Seus discípulos, conversando com eles muitas vezes sobre a questão do sábado, tratando-a nos seus vários aspectos, ressalvando-a das falsas interpretações, nunca Se referisse a uma transferência desse dia; mesmo durante os quarenta dias de vida após Sua ressurreição, tal coisa não foi indicada. Nem tampouco, quanto ao que saibamos, o Espírito Santo, que fora enviado para lhes fazer lembrar tudo quanto haviam aprendido, tratou desta questão. Nem ainda os apóstolos inspirados, pregando o Evangelho, fundando igrejas, aconselhando e instruindo, discutiram ou abordaram este assunto.
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"Além disso estou bem certo de que o domingo foi posto em uso como dia religioso, bem no princípio da história cristã, pois ASSIM APRENDEMOS DOS PAIS DA IGREJA e de outras fontes. MAS QUE PENA TER VINDO ELE ESTIGMATIZADO COM A MARCA DO PAGANISMO E CRISMADO COM O NOME DO DEUS SOL, QUANDO ADOTADO E SANCIONADO PELA APOSTASIA PAPAL, E DADO AO PROTESTANTISMO COM UM LEGADO SAGRADO." (Grifos e versais nossos).
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Aí está uma confissão honesta. O domingo não tem sanção escriturística. É invenção humana e procede de fonte impura: paganismo.
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Vamos citar outra confissão honesta relativa à origem extrabíblica do domingo, feita por outro renomado pastor batista e, notem bem, da Primeira Igreja Batista de Dayton, Estado de Ohio, EE. UU. Extraímo-la do The Watchman Examiner, órgão oficial da denominação batista, edição de 25 de outubro de 1956.
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O Pastor ALBERT CALHOUN PITTMAN declara textualmente:
"... aqueles primitivos cristãos sentiram a necessidade de se reunirem em tempos aprazados para a adoração. Assim começaram a se reunir no primeiro dia do semana, para comemorarem a ressurreição de Cristo dentre os mortos.
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"Primitivamente reuniam-se no domingo de manhã porque a domingo não era um dia feriado MAS SIM UM DIA DE TRABALHO NORMAL como os demais. Em uma carta escrita por Plínio ao imperador Trajano, e que tem sido preservada, lemos que aqueles antigos cristãos tinham uma breve reunião ao romper do dia no primeiro dia da semana, cantavam um hino a Cristo, ligavam-se por um voto de companheirismo, partilhavam uma merenda religiosa e EM SEGUIDA RETORNAVAM AO SEU TRABALHO, para os seus labores da semana." (Grifos e versais nossos, para realce) Isto quer dizer que o ilustre ministro batista concorda com a realidade histórica; com o fato indestrutível: O DOMINGO É INVENÇÃO HUMANA!!!
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Aqui mesmo no Brasil ocorreu, há 40 anos um fato interessante. Os batistas, movidos de espírito polêmico atacavam, pela imprensa, o aspersionismo e o pedobatismo pelo fato de um órgão presbiteriano defender essas práticas. Num desses ataques, O Jornal Batista aventou a idéia de que não há na Bíblia prova taxativa para justificar o batismo de crianças, e isso era uma razão para não o aceitar.
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Em réplica, O Puritano, órgão então oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil, editado no Rio em edição de 7 de maio de 1925, afirmava: "Se, pelo fato de não termos na Bíblia uma prova absoluta e taxativa para o batismo infantil, isto tira o valor da doutrina, diga-nos aqui à puridade o bom do Jornal [órgão batista]: em que fica o colega com a guarda do domingo e não do sábado? Pode o colega mostrar no Novo Testamento, de modo positivo, um mandamento para mostrar a guarda do domingo? DAMOS DOIS MIL CONTOS ao colega se no-la apresentar. ..." (Grifos e versais nossos).
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E o órgão batista mudou de conversa... perdeu ótima oportunidade de abocanhar dois milhões de cruzeiros, naqueles tempos... Por quê? Porque a guarda do domingo, bem como o aspersionismo e o pedobatismo, são práticas pagãs que se infiltraram na igreja cristã. Gradativamente, em função da apostasia e da acomodação com o Estado. É o que nos diz a História. Mas a nossa regra de fé é a Bíblia, e o que nela não consta, deve ser rejeitado.
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Bem, noutro tópico eu chamei a atenção do nosso irmão Marlington quanto ao uso da palavra "hipócrita" que creio ser muito severa. Acho que seria melhor dizer "incoerente", pois realmente se aceitam a validade e vigência do 4o. mandamento como princípio originário da criação do mundo, portanto moral e universal, então não há porque acatar o que vem da mera tradição católica, como é o domingo. E, pior, vem do mais negro paganismo, como pastores batistas admitiram.
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Azenilto de Brito, Bessemer, Ala., EUA

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Existe Mesmo Inferno?

A crença popular ensina que quando uma pessoa morre, se foi boa, vai para o Paraíso; se foi má, vai para o Inferno. Há também uma doutrina chamada purgatório, que existe em conexão com a doutrina do inferno.
Mas o que a Bíblia ensina sobre este assunto?
Se estudarmos a Bíblia com cuidado, vamos descobrir que ao Jesus voltar a esta terra, "os mortos ouvirão a Sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo". João 5:28-29.
A Bíblia também ensina que quando Jesus voltar, Ele se assentará no Seu trono para julgar o mundo "com justiça".
Seria possível harmonizar as doutrinas da Volta de Jesus e da Ressurreição, com a doutrina do inferno?
Se quando alguém morre, vai ou paraíso, ou para o inferno ou mesmo para o purgatório, qual seria a importância ou o significado da ressurreição e mesmo de um julgamento por ocasião da Volta de Jesus?
A Bíblia afirma que quando Jesus voltar, Ele mesmo vai separar os bons dos maus, o trigo do joio, as ovelhas dos cabritos. (Mateus 25:31-33)
A Bíblia ensina enfaticamente em Apocalipse 22:12 que somente quando Jesus regressar é que cada um receberá a recompensa segundo as suas obras.
Ao tratarmos deste assunto controvertido, queremos lembrar outra vez aos nossos queridos amigos, que somente a Palavra de Deus pode esclarecer e dizer a verdade. O que fugir disso é conjectura humana.
Vejamos um pouco da história:
Dante Alighieri, que viveu na Idade Média, de 1.265 a 1.321, escreveu uma obra intitulada: "A Divina Comédia", dividida em 3 partes: Inferno, Purgatório e Paraíso.
Com esta obra, Dante abalou o pensamento teológico da época.
Infelizmente, o Inferno de Dante, estava baseado nos ensinos pagãos de Platão e Virgílio.
Os escritos de Dante influenciaram até mesmo o cristianismo, pois as características principais do Inferno, segundo a concepção hindu, persa, egípcia, grega e cristã, são essencialmente as mesmas.
O Inferno tem sido descrito como a morada dos espíritos malignos, o lugar da vingança divina, onde não há misericórdia e cujo sofrimento é sem fim.
Então nós perguntamos: Como harmonizar todas estas idéias com o ensino da Bíblia que diz que Deus é amor? Se você é um pai, admitiria a idéia de castigar um filho incessantemente? Com certeza que não! Será que Deus seria mais severo que um pai terrestre?
Há na Bíblia 4 expressões que são traduzidas por Inferno. São elas: Sheol do hebraico, e Geena, Hades e Tártaro do grego.
Analisemos brevemente estas 4 palavras usadas e traduzidas por Inferno, e então vejamos na Bíblia, as suas aplicações:
A palavra Sheol às vezes é traduzida por sepultura, como no Salmo 16:10. "Não deixarás a minha alma na sepultura". Sheol
Também a palavra Hades significa sepultura, ou morte. Aparece 11 vezes no Novo Testamento. "Onde está ó morte a tua vitória?. Hades I Coríntios 15:55
A palavra Geena também significa "lugar de queimar". Ocorre 12 vezes no Novo Testamento e é a forma grega de "Vale de Hinon".
O vale de Hinon, ao sul de Jerusalém, foi o local onde o povo de Israel ofereceu sacrifícios humanos, de criancinhas, ao "deus" Moloque. Deus determinou que aquele vale seria chamado de "vale da matança" Jeremias 7:32.
Mais tarde o vale de Hinon tornou-se o local da queima de lixo e de cadáveres. Por isso o fogo e a fumaça existiam ali constantemente, e o que o fogo não destruía, os vermes consumiam. Era símbolo de destruição. Geena
A última das 4 palavras traduzidas por Inferno, é Tártato. Significa prisão, ou profundo abismo, e refere-se aos anjos caídos do céu, quando Lúcifer se rebelou contra Cristo e foi expulso de lá. Apocalipse 12:9. Acha-se uma vez mais na Bíblia, em II Pedro 2:4. Tártaro
A Palavra de Deus ensina que quando os seres humanos morrem, todos vão para o Sheol ou Hades, sepultura, quer sejam bons, quer sejam maus, justos ou injustos, salvos ou perdidos. Eles dormem o sono inconsciente da morte, e aguardam a volta de Jesus para o juízo final, bem como a recompensa que cabe a cada um. O Salmo 89:48 pergunta: "Que homem há, que viva, e não veja a morte?. e Salomão confirma: "O mesmo sucede ao justo e ao perverso". Eclesiástes 9:2.
Sim amigos, bons e maus, justos e injustos, todos os que morreram estão na sepultura e aguardam o dia final.
Talvez isso possa surpreendê-lo, mas atualmente não existe em lugar nenhum, um inferno de fogo, queimando pecadores, como também não há almas libertas do corpo. Quando as pessoas morrem elas vão para a sepultura, para o sono da morte; ninguém vai ao Paraíso, ao Purgatório ou ao Inferno.
Exatamente agora, não existe nenhum Inferno, mas haverá sim, um Inferno, no futuro e será aqui mesmo na terra. Isso é o que a Bíblia ensina. Foi Satanás quem inventou o chamado Inferno de Fogo, para desvirtuar o caráter e a imagem de Deus. A fim de que as pessoas pensem que Deus é vingativo, cruel, queimando os ímpios por toda a eternidade. Seria isto amor? Seria isto justo?
Desde o princípio tem sido parte da obra do enganador distorcer o caráter divino, levando criaturas a terem ódio do Criador.
Graças a Deus, não existe ninguém queimando num Inferno. O Senhor não tem prazer na morte do ímpio. Deus mesmo afirma: "Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus: não tenho prazer na morte do ímpio, mas que o ímpio se converta do seu mau caminho e viva". Ezequiel 33:11.
Por ocasião da Segunda Vinda de Cristo, os justos mortos ressuscitarão.
I Tessalonisenses 4:16. E Então receberão a recompensa.
Somente quando Jesus regressar é que os justos serão levados ao Paraíso. Lá reinarão com Cristo por mil anos e julgarão os ímpios, para comprovar a justiça de Deus. Apocalipse 20:4 e I Coríntios 6:2-3.
Após mil anos no céu, Jesus Cristo e os santos retornarão à terra. Naquela ocasião Jesus Cristo dará a recompensa aos ímpios. A Palavra de Deus afirma que quando os ímpios quiserem destruir a Cidade Santa e derrotar a Cristo e os salvos, então "descerá fogo do céu e os consumirá". Apocalipse 20:9.
Nessa mesma ocasião, o diabo, a morte e o inferno (sepultura), também serão destruídos para sempre, pois serão lançados no lago de fogo e enxofre. Apocalipse 20:10 e 14.
Este fogo eterno - o inferno de Deus - destruirá tudo, e eliminará todo o mal: desde Satanás, o causador do pecado, até o último dos pecadores. Diz a Bíblia que quando esta terra for incendiada pelos fogos do inferno, no dia final, "todos os soberbos e todos os que cometem perversidade, serão como a palha... não sobrará nem raiz e nem ramos". Malaquias 4:1-3
A atitude de Deus ao destruir os ímpios é chamada na Bíblia de "o ato estranho de Deus". Isaías 28:21. Pois a destruição é contrária ao caráter de Deus, pois "Deus é amor". I João 4:8
Um dia Deus destruirá os ímpios num inferno de fogo, aqui nesta terra. Mas, somente depois de julgá-los pois Deus é amor e justiça.
O ensino bíblico de que o inferno de fogo será somente depois do juízo final, é coerente com o caráter justo de Deus, e se harmoniza perfeitamente com as promessas da segunda vinda de Cristo e da ressurreição dos mortos.
A idéia de um fogo de tormento eterno tem levado milhões a servirem a Deus por medo. Deus, no entanto, deseja serviço simples, franco e sincero. Em amor Ele nos salvou. Em amor Ele cuida de nós.
Se O amarmos e O servirmos de coração, não precisaremos temer os fogos do inferno, pois poderemos ter a certeza de alcançar a vitória final, a vida eterna.
E esta vitória é o resultado da bênção de Deus. O meu desejo é que o Senhor o abençoe também.
(Pr. Neumoel Stina )

terça-feira, 2 de junho de 2009

Podem pessoas que já foram espíritas exercer cargos de
liderança na igreja?


O efeito negativo do espiritismo sobre o discernimento espiritual do ser humano é tratado por Ellen White no livro Primeiros Escritos, págs. 101 e 102, em que é dito o seguinte: “Deus não confiará o cuidado do Seu precioso rebanho a homens cuja mente e discernimento tenham sido enfraquecidos por erros anteriores que acariciavam, tais como os assim chamados perfeccionismo e espiritismo, e que, por sua conduta quando nesses erros, infelicitaram-se a si mesmos e levaram opróbrio sobre a causa da verdade. Embora se sintam agora livres de erro e capacitados para ir e ensinar esta última mensagem, Deus não os aceitará. Ele não confiará almas preciosas aos seus cuidados; pois o seu juízo ficou pervertido enquanto estiveram no erro, e está agora debilitado. Aquele que é Grande e Santo é um Deus zeloso, e deseja que os homens que levam a Sua verdade sejam santos. A santa lei anunciada por Deus do Sinai é parte de Si próprio, e somente homens santos que sejam seus estritos observadores honrá-Lo-ão ensinando-a a outros.”
Quando a Sra. White diz que Deus não aceitaria pessoas envolvidas com o perfeccionismo e o espiritismo, isto não implica uma exclusão do acesso à salvação, mas apenas a não concessão de funções de liderança entre o povo de Deus. Ao mesmo tempo que ela diz que “embora se sintam agora livres de erro” (estado de salvação), ela também acrescenta que Deus “não confiará almas preciosas aos seus cuidados” (desqualificação para liderança). Tais pessoas não deveriam exercer funções de liderança na igreja, “pois o seu juízo ficou pervertido enquanto estiveram no erro, e está agora debilitado”.
Não cremos, portanto, que todas as pessoas que já se envolveram com as falsas teorias acima mencionadas (incluindo o espiritismo) estejam automaticamente desqualificadas para cargos de liderança na igreja. Essa restrição se limita apenas àqueles cujo juízo continua “pervertido” e “debilitado” em decorrência de tais envolvimentos. Mas isso não limita de nenhuma forma o seu acesso à salvação, pois no livro O Grande Conflito, pág. 665, é dito que “mais próximo do trono” estarão “os que já foram zelosos na causa de Satanás, mas que, arrancados como tições do fogo, seguiram seu Salvador com devoção profunda, intensa”.
Serão salvas as crianças que morreram antes de
atingirem a idade da razão?


Alberto R. Timm (publicado na Revista do Ancião out-dez 2006)

A possibilidade dessas crianças serem salvas parece, à primeira vista, descartada pelas afirmações de que “quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Mar. 16:16), e que, para crer, é necessário entender o evangelho (Rom. 10:12-15). Na tentativa de resolver esse dilema, a Igreja Católica e mesmo alguns reformadores (inclusive Lutero) argumentavam que Deus concede o “dom” da fé a um bebê que for batizado, sendo assim salvo da culpa do “pecado original” de Adão. Mas essa proposta é inaceitável, pois as Escrituras ensinam que os seres humanos herdam apenas a natureza pecaminosa, sem que lhes seja atribuída a “culpa” do pecado de Adão. Além disso, a Bíblia não recomenda a prática do batismo infantil nem reconhece o caráter sacramental desse rito. No entanto, a experiência do ladrão que se converteu na cruz (Luc. 23:39-43) confirma que entre os remidos estarão pessoas que não tiveram condições de ser batizadas. Nessa categoria estão as crianças que morreram antes de atingirem a idade ideal para o batismo. A salvação das crianças é uma questão que transcende à mera questão do batismo. Se os pecadores são justificados unicamente pela fé em Cristo (Rom.5:1 e 2; cf. João 14:6), como pode uma criança que não exerceu conscientemente tal fé ser justificada para a salvação?
As declarações de Ellen G. White nos livros Mensagens Escolhidas, vol.2, págs. 259 e 260 (tópico “As Crianças na Ressurreição”); ibid., vol. 3, págs. 313-316 (capítulo “Perguntas a Respeito dos Salvos”); e Eventos Finais, págs. 253 e 254 (tópico “A Salvação de Criancinhas e de Imbecis”) revelam pelo menos três conceitos fundamentais sobre a salvação de crianças que morreram em tenra idade. Um deles é que os filhos de pais crentes serão salvos, pois a fé dos pais é extensiva aos filhos que ainda não atingiram a idade da razão. É-nos assegurado que “a fé dos pais que crêem protege os filhos, como sucedeu quando Deus enviou Seus juízos sobre os primogênitos dos egípcios” (Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 314). Os pais crentes podem ter a certeza de que esses pequeninos lhes serão devolvidos na gloriosa manhã da ressurreição. “Ao surgirem os pequenos, imortais, de seu leito poento, imediatamente seguirão caminho, voando, para os braços maternos. Reencontrar-se-ão, para nunca mais se separarem“ (ibid., vol. 2, pág. 260) Outro conceito fundamental é que no céu estarão também criancinhas cujos pais não serão salvos, e que elas serão cuidadas pelos próprios anjos até atingirem a estatura necessária para se manterem sozinhas. Ellen White declara que “muitos dos pequeninos, porém, não terão mãe ali. Em vão nos pomos à escuta do arrebatador cântico de triunfo por parte da mãe. Os anjos acolherão os pequeninos sem mãe e os conduzirão para junto da árvore da vida” (ibid.). Em contraste com a fé dos pais crentes que é extensiva aos filhos em tenra idade, não existe qualquer possibilidade de os pais incrédulos protegerem seus filhos desta forma. A salvação de tais crianças é, por conseguinte, um ato exclusivo da graça de Deus, a respeito do qual não é apropriado conjecturar. Um terceiro conceito fundamental é que “não podemos dizer se todos os filhos de pais descrentes serão salvos, porque Deus não tornou conhecido o Seu propósito a respeito desse assunto” (ibid.,vol. 3, pág. 315). Ellen White esclarece também que, por ocasião da primeira ressurreição, “todos saem do túmulo com a mesma estatura que tinham quando ali entraram”, e que, durante o milênio, “os remidos crescerão até à estatura completa da raça em sua glória primitiva” (O Grande Conflito, págs. 644-645). Como, então, Ellen White pôde ver, em sua primeira visão, a presença de crianças ainda na nova terra (ver Primeiros Escritos, pág. 19)? É provável que as cenas dessa visão tenham sido descritas tematicamente em Primeiros Escritos, sem a mesma precisão cronológica que caracteriza o conteúdo de O Grande Conflito.
Portanto, entre os salvos estarão os filhos que morreram em tenra idade cujos pais se salvarão, bem como outras criancinhas cujos pais se perderão. Durante o milênio essas crianças, juntamente com os demais remidos, crescerão até atingirem a estatura original da raça humana.
Até quando Satanás teve oportunidade para se arrepender?

Alberto R. Timm
(publicado na revista do ancião em abr - jun 2003)

Algumas pessoas crêem que o tempo da graça para Satanás só se esgotou na cruz (João 19:30), pois ainda nos dias de Jó ele participou com "os filhos de Deus" de uma reunião "perante o Senhor" (Jó 1:6-8). Mas a descrição desse episódio não sugere que a reunião haja ocorrido necessariamente nas cortes celestiais, e muito menos que Satanás, depois de expulso do céu (Apoc. 12:7-9), ainda tivesse acesso à salvação. Ellen White esclarece que o tempo da graça para Satanás e seus anjos esgotou-se com a expulsão deles do céu. Ela declara que "Deus, em Sua grande misericórdia, suportou longamente a Satanás", e que "reiteradas vezes lhe foi oferecido o perdão, sob a condição de que se arrependesse e submetesse", mas ele jamais aceitou os apelos da misericórdia divina (O Grande Conflito, págs. 495 e 496). Havendo perdido sua posição nas cortes celestiais, Satanás ainda solicitou para ser readmitido no céu, mas Cristo lhe disse que isto seria impossível. O próprio Satanás deixou a presença de Cristo "plenamente convencido de que não havia possibilidade de ser reintegrado no favor de Deus" (História da Redenção, págs. 27). De acordo com a Sra. White, após os anjos caídos deixarem o céu, "não havia possibilidade de esperança de redenção para estes que haviam testemunhado e compartilhado da glória inexprimível do Céu, tinham visto a terrível majestade de Deus e, em face de toda esta glória, ainda se rebelaram contra Ele. Não haveria novas e maravilhosas exibições do exaltado poder de Deus que os pudessem impressionar tão profundamente como aqueles que já haviam testemunhado." (No Deserto da Tentação, págs. 25 e 26).